Pular para o conteúdo principal

Cará cultivado em casa no interior de SP cresce em forma de mão 'gigante'

Cará em formato de mão gigante é cultivado em Colina, SP (Foto: Alexandre Sá/EPTV)
O pedreiro Luiz Gonzaga da Silva, de 67 anos, já colheu muitos legumes e verduras no quintal de sua casa em Colina (SP). Mas esta semana ele teve uma surpresa ao encontrar um cará com aproximadamente três quilos e com formato de uma mão gigante. “Nunca vi isso na minha vida, é esquisito”, diz o morador. A incidência, embora incomum e intrigante, pode ter sido proporcionada pelas condições do terreno.
Silva relata que, seguindo um costume de seu pai já falecido, planta e colhe carás todos os anos. Depois de praticamente 12 meses semeando o tubérculo, ele decidiu retirá-lo da terra na última terça-feira (29) pela manhã, porém percebeu que algo estranho havia acontecido.
A raiz, que deveria ser mais comprida, estava mais difícil de ser extraída do que o normal. O jeito foi usar uma pá e aos poucos cavar a terra em volta do que pareciam dedos. Resultado: em vez de um cará convencional, ele havia cultivado uma “mão” de ao menos dois quilos, três vezes maior do que a de um homem. Algo com aspecto parecido ao de uma luva de beisebol.
“Todo ano faço a colheita, só que essa raiz estava encostada em um pé de abacate, não sei como foi parar lá. Elas enrolaram em volta do pé de abacate, estava meio dura, tive que cavar. Geralmente os carás ficam compridos, mas esse não, virou uma mão”, afirma.
Cará gigante tem aspecto de luva de beisebol (Foto: Luiz Gonzaga da Silva/ VC no G1)
A descoberta criou um clima de mistério na casa do pedreiro. Ele diz que sua mãe, de 96 anos, acredita que a mão seja um sinal, embora não saiba exatamente do quê. “Mostrei pra minha mãe e ela acha que é um aviso. Minha mãe tem 96 anos, pessoal mais antigo quando vê essas coisas se espanta”, diz.
Desconfiado da criação da natureza, ele decidiu que, desta vez, o cará não vai virar sopa para o jantar. “Os outros que nasceram nós cozinhamos, mas esse não. Vou deixar lá até secar. Nem sei o que faço com isso”, afirma.
Embora já tenha plantado novas hortaliças para daqui a um ano, Silva espera não ver algo parecido novamente. “A gente tem medo de plantar isso e sair coisa pior. Plantamos uma ‘batatinha’ e virou uma mão, pode virar coisa pior.”
Fato incomum
A incidência do cará em formato de mão é incomum, mas pode ser explicada, de acordo com o engenheiro agrônomo Caio Penna. Segundo o especialista, a hortaliça – que no Nordeste é comumente chamada de inhame, embora seja de uma família diferente – geralmente cresce até 30 centímetros de comprimento e pesando 700 gramas.
No caso vivenciado por Silva em Colina, de acordo com Penna, as condições do terreno favoreceram tanto o formato inusitado quanto o tamanho. “É incomum, mas pode acontecer. Ele plantou o cará bem embaixo de um pé de abacate, que tem várias raízes superficiais. Com certeza a raiz do cará cresceu em volta com alguns obstáculos. Além disso, o terreno é uma área com bastante matéria orgânica, tem muito nutriente, é um solo argiloso muito bom”, afirma.
Luiz Gonzaga da Silva colheu um cará gigante em Colina, SP (Foto: Alexandre Sá/EPTV)






Fique atento: Na nova constituição brasileira consta que o blogueiro é o principal responsável pelo conteúdo exibido no blog. Isto inclui, inclusive, os comentários feitos por terceiros, por isso mesmo a equipe de blogueiro da REVISTA NATAL NEWS se reserva no direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios que venham contra os direitos humanos. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calunia ou difamação, ofensas ou falsidades, ideologias, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Morre sertanejo que fez dupla com Zezé di Camargo na década de 1970

Do G1- O cantor Deoclides José da Silva, 63 anos, conhecido no meio sertanejo goiano como Neilton, foi enterrado no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia, na quinta-feira (20). Ele morreu um dia antes, após um ataque cardíaco, no Instituto de Urologia Sírio Libanês, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Pouco conhecido pelos mais jovens, Neilton foi o segundo parceiro de Zezé di Camargo, 50 anos, com quem formou a dupla Neilton e Mirosmar - o verdadeiro nome de Zezé é Mirosmar José de Camargo. Eles começaram a parceria depois da morte de Emival, da dupla Camargo e Camarguinho, irmão de Zezé, na década de 1970. Neilton era mineiro de Perdizes, mas vivia em Goiás há cerca de 40 anos. Ele teve quatros filhos, dois quando ainda era solteiro e outros dois quando se casou. Passou os últimos anos em Aparecida de Goiânia com a mulher e as duas filhas mais novas. Quando perguntada sobre a profissão do pai, uma das filhas do sertanejo, a advogada Janaine Borges da Cruz, 28 anos, é taxativ...

Sultão do Sertão - Matéria de jornal do Oeste ganha repercussão mundial - Aposentado tem mais de 50 filhos

A história do agricultor aposentado Luiz Costa de Oliveira, 90 anos, que teve 50 filhos com quatro mulheres, incluindo a cunhada e a própria sogra, divulgada pela primeira vez na edição de domingo 28 de agosto deste ano na capa do caderno Cidades do jornal GAZETA DO OESTE, repercutiu nacional e internacionalmente e continua chamando a atenção de empresas de comunicação de vários países como Inglaterra, Alemanha, Portugal e Colômbia. Os casos amorosos de Luiz Costa chamaram a atenção pela forma como aconteceram e todas as particularidades que envolvem esta família, mais que exótica, chega a fazer um misto de curiosidade, humor e espanto. Uma semana após a divulgação da matéria no jornal GAZETA DO OESTE, outros jornais do Rio Grande do Norte também publicaram a história. Depois foi a vez de um dos maiores portais de conteúdo da internet, o UOL, que também expôs o caso alcançando o índice de matéria mais lida do portal, assim como o portal G1, Diário de Pernambuco, além de outros jornais ...

Como surgiu o chiclete

Ninguém sabe ao certo quando o homem começou a mascar resinas extraídas de árvores, mas há registros históricos de que vários povos da Antiguidade, como os gregos, já tinham esse costume. O hábito também era comum no continente americano, antes mesmo da colonização européia. O látex do sapotizeiro - árvore que dá o sapoti - era usado como goma de mascar pelos maias e astecas, entre outras civilizações pré-colombianas. A essa resina os nativos davam o nome de chicle. A guloseima que conhecemos hoje surgiu no final do século 19. Mais precisamente em 1872, ano em que o inventor americano Thomas Adams fabricou o primeiro lote de chicletes em formato de bola e aromatizando as resinas naturais com extrato de alcaçuz. Nas décadas seguintes, ele abriu várias fábricas para atender a demanda crescente dos consumidores americanos pelo novo produto. Em meados do século 20, especialmente após a Segunda Guerra (1939-1945), as resinas naturais foram substituídas por substâncias sintetizadas a partir ...