Pular para o conteúdo principal

Em partida equilibrada, Alemanha elimina Argélia na prorrogação





Em jogo muito movimentado, com várias chances dos dois lados, a Alemanha venceu a Argélia por 2 x 1, no início da noite de hoje (30), em Porto Alegre. O gols do jogo só saíram na prorrogação, graças a um sistema defensivo quase perfeito dos africanos, que venderam caro a derrota no melhor jogo das oitavas de final até agora. Foi a primeira partida decidida no tempo extra nessa Copa do Mundo.
Desde o apito inicial, a Alemanha tentou ditar o ritmo do jogo, tocando a bola, cercando a área argelina em busca de um espaço. Muito bem posicionada, a defesa africana conseguia neutralizar os passes para o atacante Thomas Müller, isolado no meio dos zagueiros.
O jogo da Argélia também era claro e, apostando nos contra-ataques em velocidade, teve a primeira grande chance do jogo aos oito minutos. Slimani recebeu na velocidade, livre, em direção ao gol. O goleiro Neuer teve que sair da sua área,  em busca do argelino, que tentou chutar para o gol, mas o camisa 1 alemão conseguiu desviar a bola para escanteio. Foi a primeira de várias corridas desesperadas de Neuer para fora da área.
Aos 13 minutos, os africanos voltaram a ameaçar com Feghouli. O meia fez boa jogada e entrou na área, livre, mas chutou para fora. O primeiro grande susto para a torcida alemã veio aos 16 minutos. Após cruzamento na área, Slimani marcou de cabeça, mas a arbitragem flagrou o impedimento, anulando o gol. Dois minutos depois, a Argélia chegou com velocidade pela esquerda, com Ghoulam. O lateral entrou na área e bateu para o gol, errando o alvo.
A Alemanha só chegou com perigo aos 23 minutos. Özil fez cruzamento na área e a bola foi direto para o gol. O goleiro M'Bolhi se esticou todo para espalmar a Brazuca para fora. O lance, no entanto, não mostrou uma tendência de melhora dos europeus. Pelo contrário, a Argélia passou a não só apostar nos contra-ataques, mas a equilibrar a partida, retendo mais a bola nos pés. Os alemães tiveram suas melhores chances nos poucos chutes de longe de área.
O segundo grande susto para os alemães foi aos 38 minutos. Após um chute de Mostefa, a bola desviou no zagueiro alemão e tirou Neuer do lance. O camisa 1 alemão apenas olhou a bola passar à direita de sua trave. A Alemanha respondeu à altura logo em seguida. Kroos chutou de longe e o goleiro argelino espalmou para o lado. Götze aproveitou o rebote e chutou para o gol, mas M'Bolhi se recuperou bem e defendeu a tentativa do meia alemão.
As tentativas alemãs não foram suficientes e o jogo da Argélia prevaleceu no primeiro tempo. Com seis jogadores na defesa em muitos momentos, os africanos praticamente anularam as investidas dos europeus.
No segundo tempo, a Alemanha voltou com mais um atacante, Schürrle, A alteração surtiu efeito e os europeus, aos três minutos, entraram na área com uma eficácia que ainda não tinham mostrado no jogo. Schürrle bateu a gol, mas a defesa desviou. Aos nove minutos, Lahm, até então sumido na partida, chutou de longe e a bola passou rente à trave, após ótima defesa de M'Bolhi.
Os europeus conseguiram controlar mais a partida no segundo tempo. Os argelinos só voltaram a aparecer na área alemã aos 30 minutos, com Feghouli. O meia africano recebeu a bola em cobrança de lateral e chutou da entrada da área. A bola passou perto do gol de Neuer.
Aos 34, a torcida alemã não gritou gol por muito pouco. Khedira jogou na área e Müller cabeceou à queima-roupa, mas M'Bolhi defendeu mais uma. No rebote alemão, o zagueiro argelino salvou em cima da linha. Dois minutos depois, outra chance desperdiçada. Dentro da área, com a bola dominada, Müller chutou para fora.
Aos 44 minutos do segundo tempo, a Alemanha teve outra grande chance de evitar a prorrogação. Schweinsteiger recebeu bola levantada por Lahm e, de frente pro gol, cabeceou, mas M'Bolhi fez mais uma grande defesa, levando o jogo para o tempo extra.
A defesa argelina, que se manteve invicta durante os 90 minutos, não resistiu a dois minutos de prorrogação. Müller avançou pela esquerda e cruzou para Schürrle que, de letra, marcou o tão esperado gol alemão, desmontando o eficiente ferrolho africano.
A Argélia não desistiu do jogo. Em cobrança de escanteio, Khedira falhou ao afastar a bola, que sobrou para Mostefa. O jogador argelino, no entanto, bateu para fora. Mas as chances africanas foram ficando cada vez mais raras. Aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, após bate-rebate na área, Özil estufou as redes africanas pela segunda vez.
Os argelinos, persistentes, aproveitaram o relaxamento alemão nos acréscimos da prorrogação e descontaram com Djabou, que marcou após cruzamento na área. No último minuto do tempo extra, nenhum alemão se atrevia a comemorar no Beira-Rio. A Argélia tentou criar mais uma chance, mas não houve mais tempo para reviravoltas.
Com o fim de jogo, o mundo conheceu uma Argélia comprometida taticamente e perigosa nos contra-ataques. Enquanto alemães comemoravam a classificação sofrida, a torcida argelina, orgulhosa, aplaudia seu time, que fez um jogo histórico em Porto Alegre.
Classificado, o time do técnico Joachim Löw terá poucos dias para se recuperar. Na próxima sexta-feira (4), às 13h, horário de Brasília, os alemães enfrentarão a França no Maracanã, pelas quartas de final.




A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Morre sertanejo que fez dupla com Zezé di Camargo na década de 1970

Do G1- O cantor Deoclides José da Silva, 63 anos, conhecido no meio sertanejo goiano como Neilton, foi enterrado no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia, na quinta-feira (20). Ele morreu um dia antes, após um ataque cardíaco, no Instituto de Urologia Sírio Libanês, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Pouco conhecido pelos mais jovens, Neilton foi o segundo parceiro de Zezé di Camargo, 50 anos, com quem formou a dupla Neilton e Mirosmar - o verdadeiro nome de Zezé é Mirosmar José de Camargo. Eles começaram a parceria depois da morte de Emival, da dupla Camargo e Camarguinho, irmão de Zezé, na década de 1970. Neilton era mineiro de Perdizes, mas vivia em Goiás há cerca de 40 anos. Ele teve quatros filhos, dois quando ainda era solteiro e outros dois quando se casou. Passou os últimos anos em Aparecida de Goiânia com a mulher e as duas filhas mais novas. Quando perguntada sobre a profissão do pai, uma das filhas do sertanejo, a advogada Janaine Borges da Cruz, 28 anos, é taxativ...

Sultão do Sertão - Matéria de jornal do Oeste ganha repercussão mundial - Aposentado tem mais de 50 filhos

A história do agricultor aposentado Luiz Costa de Oliveira, 90 anos, que teve 50 filhos com quatro mulheres, incluindo a cunhada e a própria sogra, divulgada pela primeira vez na edição de domingo 28 de agosto deste ano na capa do caderno Cidades do jornal GAZETA DO OESTE, repercutiu nacional e internacionalmente e continua chamando a atenção de empresas de comunicação de vários países como Inglaterra, Alemanha, Portugal e Colômbia. Os casos amorosos de Luiz Costa chamaram a atenção pela forma como aconteceram e todas as particularidades que envolvem esta família, mais que exótica, chega a fazer um misto de curiosidade, humor e espanto. Uma semana após a divulgação da matéria no jornal GAZETA DO OESTE, outros jornais do Rio Grande do Norte também publicaram a história. Depois foi a vez de um dos maiores portais de conteúdo da internet, o UOL, que também expôs o caso alcançando o índice de matéria mais lida do portal, assim como o portal G1, Diário de Pernambuco, além de outros jornais ...

Como surgiu o chiclete

Ninguém sabe ao certo quando o homem começou a mascar resinas extraídas de árvores, mas há registros históricos de que vários povos da Antiguidade, como os gregos, já tinham esse costume. O hábito também era comum no continente americano, antes mesmo da colonização européia. O látex do sapotizeiro - árvore que dá o sapoti - era usado como goma de mascar pelos maias e astecas, entre outras civilizações pré-colombianas. A essa resina os nativos davam o nome de chicle. A guloseima que conhecemos hoje surgiu no final do século 19. Mais precisamente em 1872, ano em que o inventor americano Thomas Adams fabricou o primeiro lote de chicletes em formato de bola e aromatizando as resinas naturais com extrato de alcaçuz. Nas décadas seguintes, ele abriu várias fábricas para atender a demanda crescente dos consumidores americanos pelo novo produto. Em meados do século 20, especialmente após a Segunda Guerra (1939-1945), as resinas naturais foram substituídas por substâncias sintetizadas a partir ...