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O Enem e os Sabatistas



Por Flávia Rocha - Durante toda a minha vida, ouvi dizer que o Brasil é um país laico e democrata e que eu deveria me orgulhar disso. Só que na realização do ENEM deste ano, durante as DEZ HORAS E MEIA que estive confinada dentro de uma sala, todas essas certezas se tomaram indagações. Me senti oprimida e inerme, como se tivesse sendo punida por causa daquilo que creio. Porque este país laico e democrático não proporciona conforto físico e psicológico para aqueles que pretendem passar por um processo seletivo, que já é pesado e cansativo, sem perder ou quebrar sua fé e os princípios que os movem. Para os que não entenderam ainda, eu ativei a opção de SABATISTA no ato de inscrição do ENEM, por ser Adventista do sétimo dia, uma das religiões que guarda o sábado. Por isso, aqueles que também compartilham desta fé/religião têm que ficar confinados por 6 horas, das 13 às 19 H, horário oficial de Brasília, para o início do processo seletivo em si. A grande motivação desta revolta, não são as horas de confinamento e sim a maneira como somos tratados durante ele. Pois somos submetidos a: fiscais preconceituosos, sem preparo para lidar com as diferenças e total desconhecimento dos motivos que nos levaram a estar ali e desconforto físico e mental, afinal de contas, somos obrigados a permanecer sentados e calados durante esse tempo, e em carteiras comuns até chegar o horário especial de prova já detonados principalmente pelo físico, com dores nas costas, pernas inchadas... Tendo ainda o agravante de que não são apenas jovens que fazem a prova. Senhores e senhoras de idade também sofrem com este abuso, que são impedidos inclusive de levar qualquer objeto de estofado com o risco de eliminação. As medidas governamentais instituíram o ENEM no lugar dos vestibulares que NÃO eram realizados no sábado. E como tudo pode ser melhorado nesse país de desigualdade e que gera insatisfação em qualquer lugar, seja também qual for o motivo... Venho aqui pedir, nao para que o ENEM seja retirado de cena e sim pedir as modificações das regras no horário de confinamento ou o dia de realização para que o direito de liberdade religiosa seja de fato exercido sem qualquer tipo de opressão.

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