O engenheiro Carlos Nazareno, líder do PPS na cidade de Extremoz, vem mobilizando a população e chamando a atenção do poder público para o descaso com que vem sendo tratada a Lagoa de Extremoz, manancial responsável pelo abastecimento da maior parte de uma população de mais de 300 mil pessoas. Veja na íntegra o apelo do engenheiro Carlos Nazareno mobilizando a população de Extremoz a se engajar nesta luta para salvar a Lagoa de Extremoz:
Por Carlos Nazareno - Nos meus 38 anos de convivência com Extremoz, nunca, em tempo algum, vivenciei a nossa lagoa como se encontra agora. A Lagoa de Extremoz, na Grande Natal, nunca atingiu um volume tão baixo desde que passou a ser monitorada pela Secretaria de Estado de Recursos Hídricos (SEMARH), em 2007. O manancial está com 48,55 % do total da capacidade e, caso as chuvas não cheguem, em alguns meses será necessário um racionamento de água da população atendida pela lagoa. O reservatório é responsável pelo abastecimento de 70% da região Norte de Natal. Estima-se uma população de 300 mil habitantes usufruindo das águas da lagoa de Extremoz. É da Lagoa de Extremoz que saem as águas que abastecem 70% da população da Zona Norte de Natal, parte da população de São Gonçalo do Amarante, a população de Ceará Mirim e a de Extremoz. De lá também saem águas usadas em indústrias (Ambev, por exemplo) e em atividades de agricultura, pecuária, pesca e lazer. Disponibilizei à SEMARH e a ANA (Agência Nacional de Águas) o acesso do terreno de minha propriedade que tenho as margens da lagoa, para que seus técnicos viabilizassem seus equipamentos aos estudos do problema. E assim o fizeram. É preciso que se busquem soluções coletivas e articuladas. A responsabilidade da convocação dos usuários - públicos e privados - das águas da Lagoa de Extremoz não é só do governo do estado. Assim, faço algumas sugestões: A importância de se racionar água neste momento de estiagem. Precisamos atentar para vazamentos e fazer o possível para não utilizarmos água de forma a provocar desperdícios. Que suspendam o uso de bombas de captação de águas em algumas granjas. Que a gestão municipal convoque a população a uma audiência pública, para debater soluções. Convoque a Secretária de Educação para viabilizar um projeto de conscientização nas salas de aulas. Planeje junto à Secretaria de Meio Ambiente, um mutirão para limpeza da lagoa, e ao mesmo tempo, identificar fatores a um plano de uso e conservação das águas, de poluição, de estudo de suas riquezas históricas, de conservação da fauna e flora, entre outros. Que o poder público municipal faça cartilhas educando e conscientizando a população sobre o uso da água. Que o poder público municipal fiscalize os pontos de maior concentração, principalmente nos fins de semana, (Passagem da Vila e Jangadão) para orientar a não poluição da lagoa por seus frequentadores. Crie um programa de assistência aos pescadores que vivem da subsistência da pesca. Se existe um plano de gestão de águas, que o coloque em prática. Portanto, os efeitos da seca só serão minimizados se eliminada a seca de iniciativa.
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