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PECs – PECADOS DA “DEMOCRACIA”

Uma amiga me escreveu preocupada com as últimas manobras políticas. Estão apresentando várias Propostas de Emenda Constitucional – PEC, e deixando o povo, sem o devido conhecimento do direito e da “politicagem”, confuso.

Ora, essa é uma estratégia milenar para atingir os objetivos em casos difíceis. Dissimular para: (1) Tirar a atenção do foco principal. Fizeram isso, por exemplo, quando usaram a mídia comprada para dar ênfase as briguinhas dos deputados Marcos Feliciano e Jean Willys e desfocarem a posse dos “mensaleiros” José Genuíno e João Paulo Cunha (ambos do PT – Governo), condenados pelo STF no processo do mensalão, na Comissão de Constituição e Justiça; (2) Sufocar pela insistência e quantidade de abordagens. Quanto mais “Propostas” e de diferentes modalidades, mais as chances de uma delas colar. Por onde passa um boi passa uma boiada. O segredo é minar de todas as formas e com todos os meios às forças e destruir os obstáculos, quer seja direitos, instituições, pessoas...

POR TERRA, CÉU E MAR

São verdadeiros ataques de guerra às bases da DEMOCRACIA. PEC tentando retirar os poderes do Ministério Público nas investigações, principalmente, de políticos corruptos; PEC para dificultar (proibir) a criação de novos partidos, numa prática que concentra o poder nas mãos do Partido do Governo e seus aliados, gerando um golpe fatal no regime democrático da pluralidade das ideias. Acho que não querem dividir o bolo com mais ninguém; e a PEC para alterar o poder de decisão (parecer final) do STF – Supremo Tribunal Federal quanto as Súmulas Vinculantes.

Esta última, a PEC 33/11 do deputado Nazareno Fonteles, do PT do Piauí, que sugere que a palavra final do Exame de Constitucionalidade seja do Legislativo (Senado e Câmara Federal) e não do Supremo Tribunal Federal. O Legislativo além de apresentar as Propostas (leis), quer aprovar, também. Partindo de um pressuposto simples, e dando a César o que é de César: Imagine só o Deputado Tiririca com suas “limitações gramaticais” elaborar, interpretar, confrontar/harmonizar e ainda aprovar o conteúdo de uma proposta de lei. Diferentemente dos ministros do STF, cujo ofício é esse, o âmbito jurídico, o mais alto grau do conhecimento do direito e da justiça. Mesmo que existisse Deputados/advogados, operadores do direito, com qualificações superiores aos ministros do STF, mesmo assim deveriam submeter-se as Cláusulas Pétreas da Constituição, onde preserva a divisão dos Poderes.

Os Senadores e Deputados Federais que comungam do mesmo pensamento contido nesta PEC, não estão legislando através do poder que emana do povo, mas em interesse próprio. Em benefício próprio e ainda cheirando mal.

Infelizmente

NA CARA DE PAU

Logo depois do maior julgamento da história da corrupção no Brasil, da condenação dos “mensaleiros”; em seguida o Presidente do STF, Excelentíssimo Joaquim Barbosa reprova diante da mídia os projetos de construção de mais quatro TRF, desagradando muita gente do judiciário e do legislativo. Pensaram: “O pessoal do STF está com muito poder, com a bola toda, vamos cortar as asinhas deles”. Pensaram assim também contra o Ministério Público, na famigerada PEC 37.

O que fica evidente é que os políticos, nesse caso o legislativo pró-governo, estão tentando na cara dura impetrar uma PEC atrás da outra na tentativa de abrandar ou eliminar o poder daqueles que fiscalizam, investigam e punem os corruptos. Primeiro foi o Deputado do PTB/SP, aliado do governo com a PEC 37, agora outro Deputado do PT/PI. Bastou punir alguém importante e a correria para mudar as regras começa.

O IMPORTANTE PAPEL DA MÍDIA

É triste viver num país onde a liberdade de expressão é garantida pela força do Estado Democrático de Direito e as mídias de massa se acovardar por trás das câmeras e não falarem toda a verdade contra os desmandos dos governos e seus agentes públicos. Esconderem os homens de opinião, principalmente os de oposição, porque recebem rios de dinheiro para serem parciais.

A mídia que influencia na opinião das massas deu ênfase a baderna que os homossexuais fizeram do Conselho de Direito Humanos em protesto a eleição do Deputado Marco Feliciano, que também, em sua defesa teve um grupo de representantes de sua igreja e representados. Mas, pergunte se na Comissão de Constituição e Justiça, onde estavam tomando posse José Genuíno e João Paulo Cunha, havia presença de manifestantes homossexuais, protestantes, católicos, sindicalistas,... Não havia! Nem havia uma cobertura das grandes emissoras da mídia. Passou em branco. Mídia vendida é um atentado ao Estado Democrático de Direito.

Porque a mídia deu chá de sumiço para Arnaldo Jabor, Luiz Carlos Prates e até Alexandre Garcia com todas as reservas que sua emissora lhe impõe como cabrestos?

Bom, num país onde os conglomerados das grandes mídias pertencem aos grandes políticos, e que estão por trás dessas PECs, mesmo utilizando políticos menores como cobaias, pra não se expor. Na política o problema é mais em cima.

By, Fabio Amaro
26 Abr 2013

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