
Reuters- No último domingo (28), quatro dias após o desabamento de um prédio que abrigava uma fábrica de roupas e um centro comercial em Savar, perto de Dacca, capital de Bangladesh, uma jovem foi encontrada vida no meio dos escombros, dando esperanças às equipes de resgate que ainda trabalhavam no local. No entanto, na segunda (29), Shahina, como foi identificada, morreu. Segundo a CNN, foi um dos momentos mais duros para quem trabalhava nos resgates. Quando a jovem foi encontrada viva, as autoridades se preparavam para começar o trabalho de retirada dos escombros, já que consideravam nula a possibilidade de haver sobreviventes no que restou do prédio. Veja Álbum de fotos A descoberta de Shahina encheu as equipes de resgate de otimismo e virou notícia em todo o país, que acompanhou pela TV a corrida para salvar sua vida. A jovem foi encontrada presa em um monte de concreto. Apesar de fraca, Shahina conseguia conversar com o resgate e pedia para ver seu filho pequeno. As equipes de resgate conseguiram dar comida, água e oxigênio à mulher enquanto uma máquina cortava o concreto que a mantinha presa. Após dez horas de luta, um incêndio começou a consumir parte dos escombros. Por causa do tecido da fábrica de roupas, o fogo se espalhou rapidamente. Quando o incêndio foi controlado, Shahina já estava morta. Seu corpo foi retirado na segunda-feira. Ainda não se sabe se a jovem morreu por causa do incêndio ou por fraqueza. Sua morte acabou com a esperança de encontrar sobreviventes nos escombros. Até agora, o número confirmado de mortes na tragédia é de 398. Mais de mil pessoas ficaram feridas. Manifestantes pedem pena de morte Advogados e manifestantes de Bangladesh gritaram "enforquem-no, enforquem-no" na segunda-feira (29), enquanto o proprietário do prédio que desabou em Dacca era levado ao tribunal vestindo um capacete e um colete à prova de bala, disseram testemunhas. Oito pessoas foram presas --quatro donos de fábricas, dois engenheiros, o proprietário do edifício, Mohammed Sohel Rana, e seu pai, Abdul Khalek. A polícia está à procura de um quinto dono de fábrica, David Mayor, que eles disseram ser um cidadão espanhol. Rana, um líder local da juventude da Liga Awami, atualmente no poder, foi mostrado na televisão sendo levado para Dacca algemado, depois de ter sido detido na cidade fronteiriça de Benapole pelo batalhão de elite da polícia, após uma caçada de quatro dias. Ele foi preso no domingo, aparentemente tentando fugir para a Índia. "Coloquem o assassino na forca, ele não merece qualquer misericórdia ou pena mais branda", gritava um espectador do lado de fora do tribunal. O tribunal ordenou que Rana fosse mantido por 15 dias "em prisão preventiva" para interrogatório. (Com Reuters)
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