Pular para o conteúdo principal

Literatura Alagoana de luto - morre o escritor Lêdo Ivo



Escritor alagoano Lêdo Ivo morreu ao 86 anos (Foto: Ricardo Lêdo/Gazeta de Alagoas/Cortesia)
Com dados do G1 - A literatura alagoana e a brasileira estão de luto. Morreu, na madrugada deste domingo (23), em Sevilha, na Espanha, vítima de infarto, o escritor alagoano Lêdo Ivo, de 88 anos.
Segundo informações de familiares, o jornalista passou mal quando almoçava num restaurante, ele seguiu até o hotel onde recebeu atendimento médico, mas acabou falecendo antes mesmo de ser encaminhado ao hospital da cidade.
“Ele estava na cidade espanhola a passeio, onde passaria o Natal com alguns familiares, e retornaria na próxima semana para Maceió, para cumprir sua agenda de trabalho”, disse a sobrinha do escritor, Laudicéia Eurídice Ivo.
Familiares estão resolvendo os trâmites legais para trazer as cinzas do escritor para o Brasil. Lêdo Ivo estava na Europa acompanhado do filho, o artista plástico radicado na Espanha, Gonçalo Ivo. "Lêdo Ivo será cremado. Quanto as homenagens, familiares e amigos estão se mobilizando para realizarem missas no Rio de Janeiro e em Maceió", completou Laudicéia Ivo ao enfatizar que ainda não há horário para os restos mortais do escritor chegarem no Brasil.
Em nota encaminhada a imprensa, a presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Ana Maria Machado, lamentou a morte do escritor e determinou que a bandeira da  Academia  fosse hasteada a meio mastro. Também foi convocado para o dia 10 de janeiro uma sessão acadêmica extraordinária para homenagear Lêdo Ivo.
Na ocasião, Ana Maria Machado descreveu Lêdo Ivo como um "poeta e ficcionista versátil, de obra variada que abarcava vários gêneros" e lembrou que o escritor "gozava de uma vitalidade assombrosa para seus quase noventa anos e sua saúde frágil. Falava alto, gostava de comer bem, se esmerava em contar histórias divertidas", escreveu a presidente.
Embora ainda não se tenha a data fixada, as cinzas do Acadêmico e poeta Lêdo Ivo serão trasladadas para o Rio de Janeiro nos primeiros dias do ano que vem, logo após a cremação de seu corpo, que será feita na Europa. Suas cinzas serão sepultadas no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Cemitério São João Batista.
Biografia
Lêdo Ivo nasceu em 1924, em Maceió (AL), filho de Floriano Ivo e Eurídice Plácido de Araújo Ivo. Casado com Maria Lêda Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), o casal teve três filhos.
Estreou na literatura em 1944 com As Imaginações, poesia, e no ano seguinte publicou Ode e Elegia, distinguido com o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras.
O escritor, que é o quinto ocupante da Cadeira nº 10 da Academia Brasileira de Letras (ABL), também é sócio efetivo da Academia Alagoana de Letras, sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, sócio honorário da Academia Petropolitana de Letras e sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Morre sertanejo que fez dupla com Zezé di Camargo na década de 1970

Do G1- O cantor Deoclides José da Silva, 63 anos, conhecido no meio sertanejo goiano como Neilton, foi enterrado no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia, na quinta-feira (20). Ele morreu um dia antes, após um ataque cardíaco, no Instituto de Urologia Sírio Libanês, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Pouco conhecido pelos mais jovens, Neilton foi o segundo parceiro de Zezé di Camargo, 50 anos, com quem formou a dupla Neilton e Mirosmar - o verdadeiro nome de Zezé é Mirosmar José de Camargo. Eles começaram a parceria depois da morte de Emival, da dupla Camargo e Camarguinho, irmão de Zezé, na década de 1970. Neilton era mineiro de Perdizes, mas vivia em Goiás há cerca de 40 anos. Ele teve quatros filhos, dois quando ainda era solteiro e outros dois quando se casou. Passou os últimos anos em Aparecida de Goiânia com a mulher e as duas filhas mais novas. Quando perguntada sobre a profissão do pai, uma das filhas do sertanejo, a advogada Janaine Borges da Cruz, 28 anos, é taxativ...

Sultão do Sertão - Matéria de jornal do Oeste ganha repercussão mundial - Aposentado tem mais de 50 filhos

A história do agricultor aposentado Luiz Costa de Oliveira, 90 anos, que teve 50 filhos com quatro mulheres, incluindo a cunhada e a própria sogra, divulgada pela primeira vez na edição de domingo 28 de agosto deste ano na capa do caderno Cidades do jornal GAZETA DO OESTE, repercutiu nacional e internacionalmente e continua chamando a atenção de empresas de comunicação de vários países como Inglaterra, Alemanha, Portugal e Colômbia. Os casos amorosos de Luiz Costa chamaram a atenção pela forma como aconteceram e todas as particularidades que envolvem esta família, mais que exótica, chega a fazer um misto de curiosidade, humor e espanto. Uma semana após a divulgação da matéria no jornal GAZETA DO OESTE, outros jornais do Rio Grande do Norte também publicaram a história. Depois foi a vez de um dos maiores portais de conteúdo da internet, o UOL, que também expôs o caso alcançando o índice de matéria mais lida do portal, assim como o portal G1, Diário de Pernambuco, além de outros jornais ...

Como surgiu o chiclete

Ninguém sabe ao certo quando o homem começou a mascar resinas extraídas de árvores, mas há registros históricos de que vários povos da Antiguidade, como os gregos, já tinham esse costume. O hábito também era comum no continente americano, antes mesmo da colonização européia. O látex do sapotizeiro - árvore que dá o sapoti - era usado como goma de mascar pelos maias e astecas, entre outras civilizações pré-colombianas. A essa resina os nativos davam o nome de chicle. A guloseima que conhecemos hoje surgiu no final do século 19. Mais precisamente em 1872, ano em que o inventor americano Thomas Adams fabricou o primeiro lote de chicletes em formato de bola e aromatizando as resinas naturais com extrato de alcaçuz. Nas décadas seguintes, ele abriu várias fábricas para atender a demanda crescente dos consumidores americanos pelo novo produto. Em meados do século 20, especialmente após a Segunda Guerra (1939-1945), as resinas naturais foram substituídas por substâncias sintetizadas a partir ...