Pular para o conteúdo principal

Eremita - Japonês vive nu na ilha Sotobanari


Masafumi Nagasaki transformou Sotobanari em 'refúgio' para velhice.
'Achar um lugar para morrer é importante', diz ele.

Da Reuters
Comente agora
O japonês Masafumi Nagasaki em sua ilha em 14 de abril (Foto: Reuters)O japonês Masafumi Nagasaki em sua ilha em 14 de abril (Foto: Reuters)
O japonês Masafumi Nagasaki, de 61 anos, vive como eremita na ilha Sotobanari, na costa oeste da ilha japonesa de Iriomoto, na província japonesa de Okinawa.
A ilha é remota, e os pescadores da região raramente chegam nela, que é protegida por correntes marítimas perigosas.
Nagasaki transformou a ilha em seu "refúgio" para a aposentadoria, e estabeleceu um código de vestimenta bem claro: a nudez total.
Ali, ele enfrenta sozinho tufões, naturais na região tropical, e os mosquitos que infestam a ilha.
O japonês Masafumi Nagasaki em sua ilha (Foto: Reuters)O japonês Masafumi Nagasaki em sua ilha (Foto: Reuters)
"Eu não faço o que a sociedade me diz, mas sigo as regras do mundo natural. Você não pode vencer a natureza, então você tem de obedecê-la completamente", disse.
"É o que eu aprendi quando cheguei aqui, e é por isso que estou tão bem."
Nagasaki mora há duas década na ilha, desde que largou seus empregos, como fotógrafo e na indústria do entretenimento.
Ao se aposentar, ele só quis "ficar longe de tudo".
Ele escolheu Sotobanari, que tem forma de fígado e cerca de mil metros de diâmetro. O nome que dizer "ilha distante" no dialeto local.
A ilha, apesar de ser japonesa, fica mais perto de Taiwan do que de Tóquio.
No começo de seu retiro, ele se vestia toda vez que um barco de pescadores passada. Mas depois perdeu os pudores e passou a andar nu sempre.
Ele afirma que na ilha a nudez é quase um uniforme, e que se sente mal com roupas ali.
Ele só se veste uma vez por semana, quando pega um barco e vai comprar mantimentos e água potável em uma vila. Ele também saca os cerca de US$ 120 que sua família lhe envia.
Sua comida diária é à base de bolo de arroz. A água para o banho e o barbear vem da chuva, coletada em panelas.
A rotina é rigorosa. Começa com banho de mar e tomar sol. Depois, vem a parte difícil, de preparar a comida, arrumar o acampamento e esperar a noite.
Ele defende sua escolha:
"Achar um lugar para morrer é importante. E eu decidi que esse é o meu lugar."
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Morre sertanejo que fez dupla com Zezé di Camargo na década de 1970

Do G1- O cantor Deoclides José da Silva, 63 anos, conhecido no meio sertanejo goiano como Neilton, foi enterrado no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia, na quinta-feira (20). Ele morreu um dia antes, após um ataque cardíaco, no Instituto de Urologia Sírio Libanês, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Pouco conhecido pelos mais jovens, Neilton foi o segundo parceiro de Zezé di Camargo, 50 anos, com quem formou a dupla Neilton e Mirosmar - o verdadeiro nome de Zezé é Mirosmar José de Camargo. Eles começaram a parceria depois da morte de Emival, da dupla Camargo e Camarguinho, irmão de Zezé, na década de 1970. Neilton era mineiro de Perdizes, mas vivia em Goiás há cerca de 40 anos. Ele teve quatros filhos, dois quando ainda era solteiro e outros dois quando se casou. Passou os últimos anos em Aparecida de Goiânia com a mulher e as duas filhas mais novas. Quando perguntada sobre a profissão do pai, uma das filhas do sertanejo, a advogada Janaine Borges da Cruz, 28 anos, é taxativ...

Sultão do Sertão - Matéria de jornal do Oeste ganha repercussão mundial - Aposentado tem mais de 50 filhos

A história do agricultor aposentado Luiz Costa de Oliveira, 90 anos, que teve 50 filhos com quatro mulheres, incluindo a cunhada e a própria sogra, divulgada pela primeira vez na edição de domingo 28 de agosto deste ano na capa do caderno Cidades do jornal GAZETA DO OESTE, repercutiu nacional e internacionalmente e continua chamando a atenção de empresas de comunicação de vários países como Inglaterra, Alemanha, Portugal e Colômbia. Os casos amorosos de Luiz Costa chamaram a atenção pela forma como aconteceram e todas as particularidades que envolvem esta família, mais que exótica, chega a fazer um misto de curiosidade, humor e espanto. Uma semana após a divulgação da matéria no jornal GAZETA DO OESTE, outros jornais do Rio Grande do Norte também publicaram a história. Depois foi a vez de um dos maiores portais de conteúdo da internet, o UOL, que também expôs o caso alcançando o índice de matéria mais lida do portal, assim como o portal G1, Diário de Pernambuco, além de outros jornais ...

Como surgiu o chiclete

Ninguém sabe ao certo quando o homem começou a mascar resinas extraídas de árvores, mas há registros históricos de que vários povos da Antiguidade, como os gregos, já tinham esse costume. O hábito também era comum no continente americano, antes mesmo da colonização européia. O látex do sapotizeiro - árvore que dá o sapoti - era usado como goma de mascar pelos maias e astecas, entre outras civilizações pré-colombianas. A essa resina os nativos davam o nome de chicle. A guloseima que conhecemos hoje surgiu no final do século 19. Mais precisamente em 1872, ano em que o inventor americano Thomas Adams fabricou o primeiro lote de chicletes em formato de bola e aromatizando as resinas naturais com extrato de alcaçuz. Nas décadas seguintes, ele abriu várias fábricas para atender a demanda crescente dos consumidores americanos pelo novo produto. Em meados do século 20, especialmente após a Segunda Guerra (1939-1945), as resinas naturais foram substituídas por substâncias sintetizadas a partir ...